Retratos do cotidiano é uma série de retratos de ativistas assassinados por sua atuação, gravados à laser em biscoitos. A obra explora a banalização e a perecibilidade da barbárie ao gravar os rostos dos ativistas brutalmente assassinados em biscoitos comuns e perecíveis. Os biscoitos fazem parte do cotidiano do brasileiro e geralmente integram a cesta básica da maioria das famílias. São tão comuns que se tornaram tradicionais, banais, podem ser esquecidos, renegados, integrados ao dia a dia, tal qual a morte de ativistas e os problemas que eles buscavam resolver, que aumentam a cada dia, enquanto sua memória perece e é banalizada pela barbárie comum do Brasil.
*obra premiada na 1ª Bienal de S. J. do Rio Preto/SP.